Por mais que eu tente passar a imagem de equilibrado, por mais que eu o pareça, mesmo sem fazer esforço para isso, nas alturas em que o dia não vai de feição e quebra-se o percurso normal das coisas, apercebo-me que sou um filho da puta com raiva que transborda por todos os buracos do meu corpo feito de merda.
Não sei de onde vem esta capacidade de acumular o lixo dos outros e de conseguir aguentar até não caber mais. O excesso rebenta-me as veias, faz-me querer dar de volta.
O desafio é chegar ao fim com o menor numero de amigos e com uma cambada de filhos da puta que não tiveram ouvidos para as verdades incomodas que tiveram de ouvir desta matraca.
quarta-feira, maio 30, 2007
Que vontade que tinha de te calar essa boca com a palma da minha mão. De te fazer engolir as palavras que acabaste de dizer e obrigar-te a perceber que o que disseste é fruto da tua doença mental. Que vontade de te deixar no caralho dum sitio onde não te volte a encontrar. Era capaz de te partir a cara se, só de olhar para ti ou de imaginar que poderia acontecer, não me deixasse fraco.
Este demónio da pena que se apodera de mim não se quer calar. Não há como teres razão, não há como teres a hipótese de escapar a esta sem que eu te cale primeiro, mas eu deixo que fales e deixo que me leves ao limite em que saio para não me espalhar por todo o lado
Este demónio da pena que se apodera de mim não se quer calar. Não há como teres razão, não há como teres a hipótese de escapar a esta sem que eu te cale primeiro, mas eu deixo que fales e deixo que me leves ao limite em que saio para não me espalhar por todo o lado
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