quarta-feira, maio 25, 2005

Vida matemática

"Sou uma pessoa muito correcta, faço tudo certinho. Sou muito metodologico, gosto de programar tudo com o devido pormenor.
A vida tem certas regras que não se podem quebrar, temos que levar uma vida regrada para podermos ser mais equilibrados.
Não suporto irresponsabilidades e não tolero brincadeiras estupidas.
Tenho um plano de vida: casar, ter filhos e depois comprar uma casa no campo para passar os meus ultimos dias.
Temos que temer a Deus e agradecer esta dádiva que é a vida que Ele nos deu."

QUE VIDA???
E SE ACORDASSES PARA A TUA... VIDA?

domingo, maio 15, 2005

Exemplos duvidosos

Estava aqui enrolado numa manta e reparei que tem escrito na etiqueta, "Made in India". Enternece-me a alma saber que esta peça foi concebida por um miúdo de seis anos. É incrivel como desde tenra idade os indianos mostram aptidão para os trabalhos manuais. Devem aprender na escola.
O melhor de tudo é que ainda por cima a manta foi extremamente barata comparando com texteis produzidos cá na terra. Entristece-me que os jovens cá em Portugal se comecem a desligar deste tipo de trabalhos, restando já só meia duzia na area do calçado.
É pena que só aproveitemos o que de mau se faz lá por fora, bem que podiamos por os olhos e aprender alguma coisa com estes bons exemplos.
É por isso que isto não anda para a frente.

Vira a página

Bebo um chá, ao som da música que não ouvia e sem o fumo do cigarro que já deixei. Entro por caminhos da mente que não acham saida. Penso demais, sem nexo, sem proposito. Já passou mais de uma hora desde aquele bocado anterior e ainda falta outra hora para aquele exacto momento. A cadeira é a mesma, a expressão não a vejo, mas não será diferente da de mesmo há pouco. Sou o bico dum peão...

sábado, maio 14, 2005

Nostalgia da noite ou um copo a mais

Começo a ter saudades da infância e da adolescencia. Não consigo encarar que sou adulto, não suporto saber que não vou voltar a sentir as mesmas coisas. Gostava de sentir só mais uma vez aquele cheiro no ar de quando se experimenta alguma coisa pela primeira vez. Há tanto tempo que já não há uma primeira vez. O primeiro pelo pubico que tanto ansiei que nascesse ou da barba que depois cresceu sem q eu desse por isso. O primeiro beijo que me fez tremer e suar das mãos. A primeira cerveja, o primeiro charro. A primeira vez que fiz amor que não me deixou dormir. A vida fazia todo o sentido, porque era grande e o futuro estava tão longe. Cada vez mais vivo o presente com medo do futuro, por achar que só pode ser pior e o passado traz-me tanta saudade...
Está assim um cheiro a raiva misturado com impotencia, com uma pitada de frustração.
Se calhar só eu é que sinto.

quinta-feira, maio 12, 2005

Profecia

Portugal será um centro comercial gigante, onde uma vez por outra subiremos ao telhado para nos bronzearmos.

Espelhos

Não me agradam os espelhos, desfavorecem-me. Por vezes o meu reflexo num vidro qualquer é bem mais agradavel de se ver.

quinta-feira, maio 05, 2005

És o futuro que ando a adiar, mas quero adiantar.
Quero acabar com esta dor que tenho no peito.
És o peso da ansiedade que sinto saltar no meu trampolim vermelho.
Acabas comigo pela incerteza que és, conto contigo, ou não sei se devo.
Sou eu que não o faço, só por ter medo.
Quero. Mesmo com medo de te perder por não ter tentado.