quarta-feira, dezembro 27, 2006

estados clichés bastante da vida

Não é muito bom sinal que de repente eu sinta necessidade de partilhar o que se passa na minha cabeça com o desconhecido.
Mas a verdade é que ando meio a estourar por dentro e um psicólogo parece que não mas ainda é caro. Desenterrar este blog é como qualquer coisa que mede o meu estado mais introspectivo, tomo quase como um sinal de "VIRAR COSTAS AO MUNDO".
É, tenho destas coisas. Volta e meio caio em mim, e valorizo-me, sinto-me mais Eu outra vez quando estou mais sozinho. Mais forte, quase indestrutível. Cortar relações com o que está para além da minha paciência, é o meu objectivo desde o inicio, tornar-me imune aos abalos da vida. Tornar-me independente dos outros e sentir mais vezes prazer em espreguiçar de manhã.

Chega a ser doloroso ver e ouvir os outros. Que bocas que se abrem e não são só para comer! Façam-me o favor de falar só quando valer a pena, ou calem-se para sempre.

Qual dos que me conhecem, está mais longe de saber na verdade . . . quem eu sou . . .

sexta-feira, dezembro 22, 2006

nostalgia platz

Vim aqui parar hoje, não sei bem porquê. É estranho, deixei esta página para trás e recordo-a como se tudo o que aqui estivesse escrito fosse uma página diferente da minha vida. Mas por outro lado sinto que está ligada a mim, como se de um pecado se tratasse, um pecado escondido que mesmo quem aqui se deita ao meu lado desconhece a sua existência.
Aqui posso, ou podia ser livre, mas há qualquer coisa que pesa na consciência do anonimato, é uma mentira no fundo. Escondo de mim de todas as maneiras, escondendo dos outros.
Há pessoas, ou personagens que recordo, que revejo às escondidas sem repararem em mim, sergy, marypopins, joanissima, pessoal do uatafak, ramboiajocosa . . . alguns muçulmanos ainda me fazem rir de outras guerras a lembrar a infância num recreio qualquer (lembraste andrade?)
Como tudo o que vem, parece que o encanto se foi . . . somos muitos, e cada vez menos o somos . . .
Todos estes personagens queria conhecer, tal como o são quando os imagino, nas cores dos seus blogs e na escrita que os distinguia. Houve alturas em que senti o sergy, ou qualquer um dos outros, mais próximo do que qualquer um dos meus amigos, não me perguntem porquê!
Chegava a casa e entrava neste mundo, a esperar uma resposta daquilo que não queria mostrar a ninguém. Abria blog a blog, espreitava um pouco para um bocado de cada um e mostrava qualquer coisa que hoje não reconheço.
Eu era a besta e sou quando aqui venho . . .