domingo, janeiro 14, 2007

até cheira mal

Nunca gostei muito de palavras juntas bonitas que dão um lindo poema que não quer dizer nada, mas cada palavra custa para cima de quinhentos paus.
Irrita-me o "amor é lindo" e "tu és perfeito/a", "olhos de não sei o quê" e o raio. Paneleirices. Sôfregos de amor que serão conas até que passe alguém mais interessante na praia.
Nunca dei grande valor às palavras. Elas são quase sempre pensadas, pouco espontâneas, ou pelo menos não tanto como o pensamento que nos retém certas palavras que o porco do pensamento pensou e censurou. Mas não deixamos de pensar o que não dissemos.
Artimanhas que são também usar o que interessa para um fim que é o alvo.
Irrita-me à brava nao sentir o peso das palavras como se da boca de alguém tivesse mesmo saído. Falo de leitura, de escrita merdosa empacotada em pareceres. É tão fácil juntar um monte de palavras que nada tem a dizer a não ser o significado de cada uma!
Isto tudo porque acabei de ler uma coisa tão cocó, que me deu quase vontade de vomitar de tão bolorento que era. Coisas que mais de para cima de uma porrada de pessoas já disseram a outra pessoa por quem sentiam a mesma caca que depois é limpa com outra esfregona.

Caga!

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