quinta-feira, abril 28, 2005

A mulher ideal (de quem?)

Por alguma razão que desconheço, já não consigo encontrar uma mulher à minha medida.
Há certas caracteristicas que não dispenso numa mulher, não me venham cá com histórias de que o aspecto fisico não conta, porque conta. Gosto delas robustas, de seios fartos e com umas boas ancas para parir, ou seja uma mulher com as medidas certas. Falando de outros pontos, para mim uma mulher tem que ter uma boa dose de sensibilidade para o trabalho doméstico, tem que ser no fundo uma verdadeira fada do lar. Como podem ver, eu não peço muito, sou pouco exigente.
Mulher que preencha estes requisitos tem tudo de mim, não lhe faltaria com nada. Era gajo para todos os domingos, perder a cabeça, tirar a capa do carro que está na garagem, pegar nela e bora lá dar uma volta. Fazia a marginal toda do Porto, metia para Matosinhos, parava o carro frente ao mar e ficava lá a ouvir o relato enquanto ela com as suas agulhas acabava os carapins para o puto.
Há quem diga que sou muito antiquado e não sei o quê, mas não me importo, pelo menos enquanto houver homens como o meu avô que me apoiam e dizem que eu é que estou certo.

6 comentários:

Anónimo disse...

é por causa de indíviduos como tu que eu me mato para ser uma mulher independente, sonho em ter o meu próprio apartamento, o meu próprio carro, ganhar o suficiente para me sustentar e só precisar dum homem para ter aquilo que só um homem apaixonado de verdade por uma mulher lhe pode dar...

A Besta disse...

Scythian, como deves calcular, eu estou exactamente a criticar esse tipo de homem que tu tanto odeias e que eu também não gosto. Isto é uma caricatura de muitos homens que infelizmente teimam em existir, mais uma vez estou a fazer uma critica ao homem, e nunca à mulher. Eu não sou assim. Será que alguém compreende o que escrevo????

A Besta disse...

Eu sei que tu percebeste Sergy!

Inês Ramos disse...

A Scythian é cá das minhas... Detesto aquele protótipo da mulher dependente que não dá um «pum» sem a autorização do marido!
Porém... Eu percebi. Ao falares na primeira pessoa apenas estás a dar ênfase às palavras que não correspondem à tua pessoa mas sim a um estereótipo caricatural que tão bem caracterizas através do teu texto. Estereótipo, que infelizmente teima em continuar a propagar-se de geração para geração e a existir... É triste.

A Besta disse...

É realmente triste Inês, e há ainda muito mais coisas tristes para caricaturar na nossa sociedade e farei sempre na primeira pessoa, afinal de contas sou uma Besta.

Joanissima, bem-vinda ao meu humilde blog, já tive o prazer de conhecer o teu. Volta sempre.

Anónimo disse...

Falo por experiência própria... não há fadas nem príncipes hoje em dia..muito... mas mesmo muito pelo contrário... ... não estou a dizer para não procurarem... existem muito boas pessoas à espera de serem amadas... mas ninguém é santo...quem me dera ter nascido no tempo dos meus avós em que a palavra Amor tinha significado...