segunda-feira, junho 18, 2007

tagarelas

É incrível a tendência que nós temos para nos fecharmos na nossa inteligência e assegurarmo-nos da nossa superioridade intelectual. Não há discussão possível com a maior parte das pessoas nos dias que correm. Todos nós somos seres altamente formados sem paciência para ouvirmos o que alguém está a dizer sobre aquele assunto de que sabe tanto. Estas novas ferramentas tecnológicas dão-nos os diplomas de café que os nossos pais não tiveram. O wikipédia é muito bom para estes doutores da mesa do café. As conversas, agora, são uma espécie de entrevista de emprego para uma só única vaga onde todos lutam para ser os escolhidos. O gajo que falar melhor é o que vai com o umbigo mais inchado para casa e leva a taça imaginaria na mão. Normalmente vão todos assim embora. Não há ninguém que seja capaz sequer de pensar que o outro tem alguma coisa a acrescentar à sua magnifica cultura geral.
A sociedade está a isolar-se cada vez mais. Mas e não é o mais razoável? Quem é que tem paciência para aturar a gente frustrada que por aí anda que não tem nada a trazer de bom para a vida de outra pessoa? Quem é que no seu perfeito juízo arrisca a perder o tempo, que já é pouco, a aturar conversas que nada têm de partilha ou de confraternização? Isso era quando eramos putos, agora é selvajaria, é cada um por si. Ouvir é uma virtude e um caminho para se poder falar, senão acabamos todos a falar sozinhos, ou para uma máquina

quarta-feira, maio 30, 2007

Abre-me bem esses ouvidos

Por mais que eu tente passar a imagem de equilibrado, por mais que eu o pareça, mesmo sem fazer esforço para isso, nas alturas em que o dia não vai de feição e quebra-se o percurso normal das coisas, apercebo-me que sou um filho da puta com raiva que transborda por todos os buracos do meu corpo feito de merda.
Não sei de onde vem esta capacidade de acumular o lixo dos outros e de conseguir aguentar até não caber mais. O excesso rebenta-me as veias, faz-me querer dar de volta.
O desafio é chegar ao fim com o menor numero de amigos e com uma cambada de filhos da puta que não tiveram ouvidos para as verdades incomodas que tiveram de ouvir desta matraca.
Que vontade que tinha de te calar essa boca com a palma da minha mão. De te fazer engolir as palavras que acabaste de dizer e obrigar-te a perceber que o que disseste é fruto da tua doença mental. Que vontade de te deixar no caralho dum sitio onde não te volte a encontrar. Era capaz de te partir a cara se, só de olhar para ti ou de imaginar que poderia acontecer, não me deixasse fraco.
Este demónio da pena que se apodera de mim não se quer calar. Não há como teres razão, não há como teres a hipótese de escapar a esta sem que eu te cale primeiro, mas eu deixo que fales e deixo que me leves ao limite em que saio para não me espalhar por todo o lado

segunda-feira, abril 09, 2007

passagem de ida e fica

Há aí pessoal que diz que os imigrantes andam a dar cabo de um país de emigrantes . . .
Para esses não se arranja um aviãozinho, também, pois não? Um low cost ou qualquer merda que vá para longe!

Diário da República

O conselho do raio que os parta resolveu que a partir de agora todos aqueles que forem apanhados a conduzir sóbrios serão condenados a três anos de tasca . . .

Ah, e quem for apanhado a fumar em bares, e tenha menos de 50 anos, será obrigatório participar aos pais do infractor no sentido de chegarmos a um estado onde não haverá lugar para o cancro no pulmão, mas de maneira a que as tabaqueiras que por sua vez tapam os buracos do (outro) estado, não abram falência . . .

Quanto aos drogados, está já já em curso uma estatística que visa saber a esperança média de vida de cada um desses piolhosos (não são piolhosos são doentes coitadinhos), para saber se vale a pena avançar aí com uma lei hipócrita qualquer só para os chatear que não são mais que ninguém . . .

quarta-feira, março 07, 2007

Vitória humana = derrota de Deus

O ego é o falso ídolo mais venerado pela escumalha inteligente de duas patas com cordões. Não há santo lá em casa capaz de concorrer com o brilho de tão perfeita obra.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

fuckermotherbitch

Pah! vitimas aos pares ou aos três de cada vez se for mènage, e nem sabem porque foram eles os escolhidos para o terem. Todos são coitados de um empecilho culpado antes mesmo de ter tido tempo para o ser. Sacana do puto que nem à bola jogou, mas há que o prevenir antes que ele coma aqueles chocolates todos que foram caros e por isso leva uma tareia se os encontrar, mas não a leva porque cá não vai estar. Se ao menos houvesse dinheiro, já não era preciso, mas ele mal chega para pagar a tv cabo e os que são ricos preferem ir de férias a ter que contar aos pais que por sua vez se arrependeram de os ter tido. Até mudam os lençois da cama e a justificação dá para dois dias, mas quem está preso come melhor. Deus está a ver, mas também não faz grande coisa, depois pagam elas porque também fica mais barato. O outro é mudo, ou faz que não ouve mas ele estava lá, parece que é parvo! Aqueles não sabem, mas dizem na mesma, quem é que os cala, já não se aguenta . . .

domingo, janeiro 14, 2007

eu dantes julgava que era mau porque ouvia isto, agora penso só que tenho bom gosto

até cheira mal

Nunca gostei muito de palavras juntas bonitas que dão um lindo poema que não quer dizer nada, mas cada palavra custa para cima de quinhentos paus.
Irrita-me o "amor é lindo" e "tu és perfeito/a", "olhos de não sei o quê" e o raio. Paneleirices. Sôfregos de amor que serão conas até que passe alguém mais interessante na praia.
Nunca dei grande valor às palavras. Elas são quase sempre pensadas, pouco espontâneas, ou pelo menos não tanto como o pensamento que nos retém certas palavras que o porco do pensamento pensou e censurou. Mas não deixamos de pensar o que não dissemos.
Artimanhas que são também usar o que interessa para um fim que é o alvo.
Irrita-me à brava nao sentir o peso das palavras como se da boca de alguém tivesse mesmo saído. Falo de leitura, de escrita merdosa empacotada em pareceres. É tão fácil juntar um monte de palavras que nada tem a dizer a não ser o significado de cada uma!
Isto tudo porque acabei de ler uma coisa tão cocó, que me deu quase vontade de vomitar de tão bolorento que era. Coisas que mais de para cima de uma porrada de pessoas já disseram a outra pessoa por quem sentiam a mesma caca que depois é limpa com outra esfregona.

Caga!

domingo, janeiro 07, 2007

o Hip Hop é que é . . .

Acabei de ver um video clip do Sam the Kid, que contesta o facto de um grande número de bandas portuguesas cantar em inglês! de repente dei comigo a pensar que não sabia ainda que "kid" era uma palavra portuguesa, mas se ele se chama assim é porque é, e que o fado já não é a canção portuguesa, mas sim o hip-hop que como toda a gente sabe nasceu ali para os lados da Amadora. Um gajo inteligente este Sam, que também é um nome bem português . . .