segunda-feira, janeiro 31, 2005

Olha para o espelho

Esta merda irrita-me, a necessidade, o vicio, que as pessoas têm de apontar o dedo aos outros. É intrínseco à condição humana falar dos outros, é natural até que se fale dos outros, mas porra, é que eu, ou tenho azar, ou apanho sempre conversas de maldizer em relação a terceiros. Acho que este tipo de conversas nasce da falta de assunto, ou da falta de criatividade para falar sobre algo que realmente tenha interesse, ou mesmo pelo facto da vida dessas pessoas ser um vazio. Claro que quando falo deste maldizer, refiro-me a cuscuvelhice barata.
Uma merda que ainda me chateia mais, é a certeza e convicção com que essas criaturas falam sobre determinada pessoa/assunto:
"Tou-te a dizer que é assim, o gajo é num interessa a ninguém, num bai a lado nenhum, tou-te a dizer, olha que é. Comigo não era assim!".
É que é uma constante, é no trabalho, é no café, é no autocarro. Porra, preocupem-se com a vossa vida e deixem lá a dos outros em paz.

5 comentários:

alguém disse...

as pessoas esquecem-se que ao apontar um dedo a alguem, tem 4 a apontar para elas proprias

Inês Ramos disse...

Ora aqui está um pequeno poema semi-nataleiro que quero dedicar à Eu:

Olhei para o espelho
Fiquei assustada
Vi uma gaja gorda
Estava ganzada
Estava ganzada e toda fodida
Vi uma gaja horrível
Fiquei toda fodida...

A Besta disse...

Sergy, não te conheço, foi uma grande coincidencia. Um dia por acidente ao navegar na blogosfera fui dar ao ramboia e consequentemente fui parar ao teu e a partir daí passou a fazer parte da minha leitura diária.

Inês Ramos isso é que é auto-estima hein!!

Inês Ramos disse...

Não ligues ao que o Sergy diz, ele é meu irmão.

Inês Ramos disse...

Mas não ligues ao que ele diz na mesma. É como se fosse meu irmão. Ele não vê os meus defeitos.